O Romantismo
definiu-se como escola literária no final do século XVIII e se estendeu até
meados do Século XIX. Nesta época, percebe-se uma evolução no comportamento dos
autores, a arte romântica rompeu as muralhas da Corte, ganhou as ruas e
libertou-se das exigências dos nobres que financiavam a produção artística. Agora
o publico é amplo a anônimo, o que leva a uma nova linguagem na literatura.
Uma das características
marcantes do Romantismo é o sentimentalismo, a supervalorização das emoções
pessoais, é o mundo interior que conta. É o que podemos verificar nos poemas
abaixo, produzidos por alguns alunos do 2º ano do Ensino Médio da manhã, nas
aulas de Literatura, coordenados pela professora Roseli da Rosa Vianna.
Mágoas
de um grande amor
Gabriela
Bertaluci
Ah, como eu sinto, sinto
tanta saudade...
Daquele tempo que vivi
contigo!
Daqueles dias de verão
que passamos juntos...
Lembro-me que contava os
minutos para te ver,
e quando tu ias embora,
ficava com um aperto tão
grande no coração!
Mas os dias frios de
inverno,
sem duvida foram nossos
melhores,
porque ficávamos simplesmente
abraçados
vendo a tarde passar,
e naquela época tudo
parecia tão perfeito...
E assim seguia nossa
vida,
todo o amor que tinha
entreguei a ti
e acreditava que tu me
davas todo teu amor...
Depois de tantos anos
ainda não consigo compreender,
porque depois de tanto
tempo juntos tu foste embora,
se me lembro bem, ficamos
juntos por 10 anos,
e tão de repente tu me
deixaste,
jamais ouvi tua voz
novamente,
muito menos senti o
calor do teu abraço,
as palavras tão sinceras
que me confortavam,
quando eu mais
precisava...
Agora esse tempo parece
tão distante,
Porém jamais esquecerei
o que eu senti,
Não esquecerei nenhuma
palavra dita,
nenhum dos abraços.
Hoje, me pergunto se
ainda lembras
de tudo que vivemos
juntos,
se às vezes pensa em
como eu estou...
Tenho certeza de que não
me esqueceu,
pois se tiveres
esquecido
um amor tão grande como
o nosso,
de que valeu?
Depois de tanto tempo,
não acredito mais que
tornarei a encontrar-te,
mas queria que soubesse,
que em meus sonhos mais
bonitos,
é teu rosto que vejo,
vindo ao meu encontro,
abraçando-me e
sussurrando em meu ouvido,
que me amas demais e que
jamais me esquecerá.
Sei que tudo que
vivemos,
agora são apenas
lembranças,
mas nunca esqueci
e nunca esquecerei nosso
amor,
tão bom e tão ruim,
agridoce.
Mas apesar de tudo isso,
não perco a esperança de
encontrar-te,
para desabafar e
contar-lhe
sobre toda a dor que me
causaste,
pois só assim, só assim
poderei então,
ficar em paz.
Memórias
agridoces
Cristina
Eloisa Hentges
Com um
aperto em meu coração
A lágrima
da saudade escorre em meus olhos
Não pude
despedir-me
De quem um
dia deu a mim a felicidade.
Sobre as
ferragens vejo teus sonhos voando soltos.
Teu lindo
sorriso não mais sorria
E teus olhos,
de um verde cristalino
Para mim
não mais brilhavam.
Não poderei
mais sentir teu coração bater
Enquanto isso, no lugar, martela em minha mente
Essa imensa
dor que penso nunca acabar.
O pôr do
sol não tem mais cor
Está todo
preto e branco
E o luar
que um dia brilhou
Agora está
opaco, acabou.
Teu rosto
rosado meu bem
E teu
cabelo escuro
Nas noites,
só estão em minha mente
Não os
encontro repousando no travesseiro ao lado.
Com meus
olhos cheios de sofrimento
Com meu
coração amassado entre os destroços de um automóvel.
Não vivo
como antes, querido
Falta algo
em mim, falta alguém para amar.
Me proteja
meu amor, de onde estiver
E me
espere em um banco coberto de nuvens.
Para quando
ao lado de teu túmulo deitar
Possamos ver
de onde está, o pôr do sol e o luar.
Revelações
Monique
Lippert
Amar... Por que amar é tão
complicado?
O doce amargo da distância
Me faz querer voar, voar até
ti
Eu te necessito!
Imagino-te junto a mim
numa noite estrelada e bela
Querendo mas não podendo
torná-lo possível
E ao deitar-me, teu singelo
sorrido
me vem em mente.
Contudo, ó morena linda
Tua voz me embala, me aquece
Preenche minhas noites vazias
Te sinto, mesmo tão
distante...
Tantas noites em claro passei
Num pranto sem fim
A dor da saudade aumentado
Ó morena, sinto tua falta!
O
que restou por aqui...
Gabriela
Stasiaki Leitchweis
Em meio a esta noite escura
O que eu podia ver era apenas você
E com toda essa dor
Você havia se tornado tudo!
Sonhos distantes, como se tudo acabasse
Como se nada restasse por aqui
A dor me dominou, ela me consumiu
Respiração fraca, um tanto morto por
dentro.
Vejo seus olhos a todo momento
Mesmo sem nada, só em meus pensamentos
Tão difícil suportar
Meu anjo, fique aqui não se vá.
A morte chegou cedo
Chegou para me levar ainda mais longe
Talvez, possa ver agora o quanto lhe amei
E como isso acabou comigo.
Agora aqui sem forças
Nem mesmo para lutar
Meu amor por ti é o que resta
Então é o que ainda me fortalece e me faz
continuar.
Distância
Aneline
Schmidt
Hoje acordei e me peguei pensando
naquela pessoa, que tá tão longe
longe dos meus olhos, do meu coração
longe de mim dessa paixão.
Quando ela voltar
quero abraçar, e fazer aqueles sonhos
realidade se tornar, para ver
a dor que senti por você acabar.
Espero que não demore
pois meu peito está a chorar
chorar de saudade
saudade que me faz delirar.
Quantas noites que não durmo
pensando em você, em mim em nós dois
será que um dia vai rolar
espero que seja eterno se não vou
pirar.
Com certeza quem fez a distancia
a saudade ainda não conhecia
volta para meus braços
que aqui é seu lugar.
Então quero você aqui
para me acalmar
dizer que TE AMO
e nunca mais te deixar.